Cheguei na academia e dei de cara com um aviso enorme dizendo que o subsolo estava interditado para reformas. Tudo bem, ainda havia o sofá do segundo andar. Malhei, corri, tomei meu banho e, quando penso em deixar o livro no outro sofá, descubro o segundo andar LOTADO por conta de um esquenta de carnaval: aula de Ritmos bombando e uma mesa de café da manhã enorme. Resolvi arriscar.

Bom, mas enfim ele levantou para malhar, esperei um pouco e saí, na maior naturalidade. As pessoas estavam tão entretidas com a farra que estava acontecendo que acho que vão demorar a descobrir o livro ali, enterrado no sofá.
O livro foi Morte e Vida Severina, do João Cabral de Melo Neto. Li o livro lá pela oitava série, primeiro ano, exigência da escola. E digamos que não seja um livro que atraia muito um adolescente. Não me lembro quem, na época, me dava aula de literatura. Quem quer que seja, me fez enxergar uma das obras mais bonitas da literatura brasileira. E olha que não sou uma pessoa tão fã de poesia. Não digo que não gosto, simplesmente não nasci para ela. Mas este livro é diferente, principalmente quando, depois de lê-lo, assiste-se o filme homônimo, onde versos de João Cabral foram musicados por Chico Buarque. Espero, sinceramente, que a pessoa que o encontre goste tanto quanto eu!
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